Amigos Leitores:
Espero que me perdoem a longa ausência. Há muito que já não escrevia um texto neste nosso/vosso espaço de debate.
A minha ausência deveu-se a uma necessária e simultaneamente preventiva viagem às conhecidas termas da conhecida cidade alemã de Baden – Baden.
Este meu retiro teve, naturalmente, o propósito de me preparar para a grande noite do Pinheiro, na qual como muito bem sabem os meus companheiros de escrita, costumo beber (por carolice) duas garrafas de maceeira, duas de vinho e 5 cervejas, finalizando a noite com um copo de sangue de boi (que, é bem sabido, aumenta a virilidade e amacia a ressaca – ou pelo menos assim o dizem).
Pois bem, chego da Alemanha e sou imediatamente confrontado com a notícia de que aquele centro de estudos e desenvolvimento ibérico ficará sedeado na vizinha cidade.
O choque apoderou-se de mim numa grandeza directamente proporcional à quantidade de júbilo que sentira aquando da nossa elevação a CEC (poderia aqui ter recorrido ao sistema de contagem do Mestre Martinho Marto - que como vimos é aplicável a tudo, mesmo à contabilização de emoções – mas não o faço por ainda não me achar suficientemente preparado para dele lançar mão).
Ainda chocado, pensei: Precisamos de criar um lobby forte na nossa cidade, capaz de influenciar o poder politico e de nos garantir as benesses que outros conseguem.
A resposta, amigos, é obvia, temos que revitalizar a judiaria de Guimarães!
Outrora Guimarães teve uma judiaria, muitos de vós nem deverão saber onde se situava, outros nem hão de saber o que é uma judiaria, outros mesmo terão já pensado em abrir um franshising de pita shoarma.
Eu digo, vamos ousar!
É tempo de revitalizar a extinta Agrinova e no lugar dela abrir as portas de uma frondosa sinagoga que sirva de chamariz para os Judeus de todo o País!
Os efeitos positivos de tal inauguração far-se-iam sentir a todos os níveis e, note-se, que falo inclusivamente da indústria da panificação.
Seria igualmente interessante que na nossa cidade abrisse o primeiro restaurante ou o primeiro talho kosher do norte de Portugal.
E como muitos já terão nesta altura imaginado, teríamos mais uma arma de arremesso contra os “marroquinos”.
Bem, penso que as vantagens estão sucintamente enumeradas, pelo que espero que alguém se prontifique para colocar a primeira pedra para a pequena obra que mudará para sempre a cidade de Guimarães.
Shalom
Charles Salomon of Guimarães