30.3.07

CRENÇA I

Ainda acredito na bondade intrínseca do Homem e na rectidão e honestidade do típico e mediano industrial do Ave. É por isso que digo: eu vou, eu vou.
JG

UMA APOSTA ASSIM ASSIM

27.3.07

UMA BOA APOSTA

Uma boa aposta: Jazz todas as sextas no Café Concerto do CCVF.
Até que enfim!

O.G

26.3.07

MALMEQUER

Na passada Quinta-Feira acordei estatelado na Feira do Pão. Tinha o nariz aberto e doía-me muitíssimo o braço direito. Mais tarde e já recomposto, apercebi-me que me faltavam dois dentes e que tinha sido violentamente despenteado, o que em boa verdade foi o que mais me irritou. Pus-me a pensar como me tinha acontecido tudo aquilo. Na verdade, se bem me recordava, tinha estado na cervejaria Vira-Bar (remodelada) sentado ao balcão a comer navalheiras e a conversar com clientes e staff técnico. Nada mais sabia sobre o meu próprio paradeiro. Intrigado que estava, desloquei-me de novo ao Vira-Bar. Olharam-me de forma circunspecta e desconfiada. Pedi um fino. Bebi o fino. Pedi outro fino. Bebi outro fino. Já mais retemperado perguntei ao barman:
-Olha lá pá, que me aconteceu aqui ontem, acordei todo empenado ali atrás na Feira do Pão?!
Responde o simpático tirador de cerveja:
-Hei Shôr Charles, que p’ de confusão? Então você põe-se dizer que quer ir a Viseu ver a casa onde nasceu o Afonso Henriques?! O Senhor é maluco! Carago!
- Eu disse isso?!?! Devia estar mesmo maluco! Então como é que me passou pela cabeça que o Afonso Henriques nasceu numa casa?! De certeza que foi pelo menos num castelito ou na Sé Catedral de Viseu, que é bem bonita por acaso.
Depois de ter dito isto apanhei com um copo na cabeça e caí para trás desmaiado.
Continuo perplexo, será que alguém me quer mal em Guimarães? Se sim, certamente que frequenta a cervejaria Vira-Bar.

Charles, o Perseguido.

22.3.07

MITOS URBANOS

Depois do crocodilo das Taipas ter povoado a nossa mitologia urbana durante anos, eis que surge mais um mito extraordinário: por baixo do sobretudo que agasalha a estátua do Conde Arnoso, ao Campo da Feira, o mesmo veste um cinto de ligas.
Quem não acredita que espreite e verá.

JbG

21.3.07

É A LINGUAGEM MACROECONÓMICA!

Talvez por ser, desde há muitos, muitos anos, uma cidade marcadamente industrial, Guimarães concentra uma verdadeiramente admirável plêiade de verdadeiros sábios da ciência económica. Sou mesmo capaz de afirmar e de jurar pela alminha do meu tio avô Frigmundo de Guimarães que se o seu velho amigo Adam Smith saltasse da cova e viesse a Guimarães (por exemplo, comer tortas) ficaria verdadeiramente abismado com a sabedoria económica que desta urbe brota. Tenho a impressão que todo e qualquer vimaranense é capaz de avançar teorias rebuscadas de micro, macro e cosmo-economia. E pior, é capaz de sustentá-las durante horas, com a conhecida eloquência e com o apurado espírito cripto-judeu de imaginar de que todo o mundo gira e conspira contra nós, contra a cidade e mesmo contra o Minho.
Ontem, quando passava pela Padaria Nacional de Guimarães, resolvi entrar e beber un cházinho duplo com gelo. Fiquei ao balcão. Ao meu lado estavam duas curiosas personagens que diziam quase em surdina, de um para o outro, que o mundo estava a mudar muito rapidamente, que era a globalização, os chineses, e enfim, queixavam-se dos lamentáveis efeitos que todos estes males provocavam no mundo e na forma como a cidade-berço se relaciona com ele (ele, mundo). Mas de todo este desfilar de lugares comuns em Guimarães, Meca da economia, surge uma revelação verdadeiramente alarmante que aqui se reproduz, sempre sic:
diz o mais velho dos dois (e logo o mais sábio)
- isto está assim por causa dos americános,
retorquiu o outro mais novo (logo menos sábio)
- a sério?,
- É verdade, são eles que lixu as taixas de juro, um gaijo farta-se de perder dinheiro,
diz o novo (de novo)
- pois é um gaijo cá tem a euribor e tá sempre quilhado, eles lá dize é a x% e um gaijo ou come e cala ou tá quilhado.
Intrigado com tudo o que ouvira e mesmo com a explicação que avançara (que em bom rigor foi a mais técnica das duas) o mais novo questiona:
- mas porque é que eles faz issu?
Responde o mais velho (sapientíssimo):
- oubelá, que tu aichas? Então eles biu nós todos a juntarmo-nos cá na Europa e num iú fazer nada?
Exclama o mais novo (estupefacto):
- pois, é carago!
Conclui o mais velho:
- É assim, eles biru-nos todos a juntar e disseru logo, já ides ber!!
Já satisfeito e sem tremuras sai da Padaria Nacional com alegria de ter bebido um chá e a calma de saber o porque do mundo económico estar como está e em especial de ter entendido a variação percentual das taxas de cambio e de juro.

Charles Boston Tea Party de Guimarães

20.3.07

APARIÇÃO

Um dia destes (portanto, passado) eu estava ao fim da tarde junto à Igreja de S. Francisco. Rezava sentado nas escadas e a paz parecia acercar-se de mim. Subitamente apareceu um homem vestido de branco. Dele irradiava uma paz assustadora. O seu olhar era vítreo, firme e puro. Trazia consigo um cão.
No meio de um silêncio perturbador o homem interpelou-me:
- És temente?
- Sou sim, sou sim, muito! – respondi-lhe eu, julgando estar na presença do próprio São Francisco.
- Então passa para cá o dinheiro e o telemóvel – retorquiu o homem, apontando-me uma seringa.
- Lá terá que ser, toma lá tudo – disse-lhe eu, persuadido pelos seus dotes retóricos e intimidado pelo seu cão.
- É que és crente – concluiu o invulgar assaltante, pondo em causa a minha fé e a de 99% dos portugueses.

Otelo de Guimarães

4800 APDEITES

O apontador de blogs portugueses Apdeites é gerido por um ilustre conterrâneo, de seu nome João Pedro Graça. Aqui há uns dias, fez uma referência a este espaço de vimaranensidade, referência essa que muito nos honrou e que, singelamente, agradecemos.

19.3.07

O GRANDE ÚNICO GRANDE PORTUGUÊS

Terá existido MESMO um grande português?
A pergunta, para além de actual, é absolutamente justa por uma razão muito simples que é a seguinte: terá existido algum gajo que tenha sido de tal forma superior que mereça o título de grande (em termos absolutos , claro está)? Para ser grande é preciso saber ousar. É preciso saber arriscar na altura certa. É preciso ter sentido de estado e estado de sentido. É preciso actuar sem pensar (muito) nas consequências. Isso, meus amigos, é a grandiosidade. É querer mais do que se pode, tendo consciência dos enormes riscos que se corre e dos resultados gloriosos ou catastróficos que se pode retirar de uma atitude ou de conjunto de atitudes.
É por isso que eu não me calo enquanto o País não reconhecer a D. Sebastião o titulo de “único grande português” de todos os tempos. As razões para o meu protesto são simples: o homem era claramente fashion (note-se que aquela gola tem um je ne sais quoi verdadeiramente arrebatador). Segundo dizem, era gay, argumento que salienta de sobremaneira a vertente vanguardista da personagem. Era jovem e rebelde. E para além de tudo isso, num golpe de génio arrastou a nação para uma batalha em Marrocos que lhe custou a vida, dizimou o nosso exercito e o pecúlio público e deixou o país a prazo nas mãos de Castela. Mas imagine-se (ainda que pró breves minutos) o que podia ter sido se a coisa corresse bem. Digo-vos eu, seria GRANDIOSO. É que, se duvidas houvesse, basta dizer que ainda hoje há quem espere que ele regresse!

Charles of Marraquesh.

16.3.07

ESTA PORCARIA DO GRANDE PORTUGUÊS

Toda a gente sabe que a RTP meteu água ao aceitar nomear Cunhais e Salazares para grandes portugueses: nunca esperaria que estes andassem pela frente, ameaçando fazer ruir todo o conceito do concurso. Toda a gente sabe que gajos totalitários até podem ser os portugueses mais populares, mas nunca serão grandes. Vai daí, e água metida, toca a baralhar as regras e voltar a dar jogo: faça-se uma segunda volta e espicacem-se os orgulhosos vimaranenses que eles hão de salvar o concurso, descalçando a bota fétida que a RTP calçou. O bairrismo de Guimarães - vertente nacional-parolista, inexplicavelmente apoiado pela edilidade - resolve o assunto. E nós, que nem patos, votamos e voltamos a votar, cheios de orgulho, somos únicos, ele é grande, ele é nosso...
JG

15.3.07

QUANDO VILA FLOR

Quando Vila Flor não deixar que nas suas salas se realizem actividades ou espectáculos que possam colidir com ou não se enquadrar numa orientação programática estabelecida, consciencializando-se de uma vez por todas que a cedência dos seus espaços para tais actividades pode criar precedentes muito graves para o tipo de entidade que é ou que pretende ser,

Quando Vila Flor compreender que ao ter um cartão que oferece vantagens aos seus portadores, uma dessas não pode ser o atendimento prioritário em nada, uma vez que Vila Flor é um clube e até no clube Vitória, um não sócio não passa à frente de um sócio na fila para bilhetes, e uma vez que há outros e melhores modos de se oferecer - ou dizer como se oferecem - certas vantagens ao público

Quando Vila Flor assumir uma forte aposta em eventos ou ciclos ou festivais por si organizados, de suficiente vanguarda e excelência capaz de mobilizar públicos de toda a região Norte e, porque não, de todo o país,

Quando Vila Flor não depender de pré-existências de sucesso como Cineclube e do Guimarães Jazz para se afirmar como um Centro no espaço cultural do Norte Português,

Quando Vila Flor compreender que o seu café concerto não pode ser um concorrente directo de bares e discotecas, antes tendo que se afirmar como uma alternativa ao mainstream rasca que existe, assumindo uma programação pré e pós concertos digna do espaço que deve ser,

Quando Vila Flor conseguir fazer com que o seu espaço deixe de ser um sítio onde se vai e passe a ser um sítio onde se está, potenciando cursos, workshops, conferências, afirmando-se como uma pequena Escola de Artes (como defende o desaparecido Diuner de Guimarães).

Quando Vila Flor tiver um, dois ou dez programadores com o rasgo e imaginação suficientes de um dia se lembrarem de fazer um festival com músicos do metro de Nova Iorque (como teve e está a tentar o director do Theatro Circo)

Aí sim, será um Centro Cultural.

Jacques Guimarães

PS - Este texto surge como comentário a esta pertinente análise Oteliana.

14.3.07

A PERDA

A notícia é triste e vem em dia de tricentésimo vigésimo terceiro aniversário: o nosso primo afastado, Diuner de Guimarães, decidiu encerrar a sua insígne Torre Canina. A escrita da cidade, na cidade e sobre a cidade fica irremediavelmente depauperada. Os cultores de uma certa forma de estar na vimaranensidade ficam todos mais pobres. De hoje em diante, faltar-nos-á algo sapiente e inspirador nas nossas rotinas. Resta-nos o Café Lopes.
JG

13.3.07

TÁ COM MEDO, Ó ENGENHEIRO?

12.3.07

UM EUFEMISMO ÀS 3.30.

Encontrava-me eu, por volta das 3.30h da madrugada no Júlio, à Vila Verde e decidi comer umas moelas. Até aqui nada de anormal.
Entretanto entra uma senhora, com um aspecto de prostituta em horário laboral. Até aqui nada de anormal.
De repente a referida senhora vira-se para o dono do estabelecimento e pergunta: “posso ir à casa de banho?”, o dono responde que sim com um aceno de cabeça. A mulher, tentando justificar o injustificável, justifica-se: “é que tenho as mãos sujas…estive a mexer em terra”.
Nunca, aquela hora, tinha ouvido um eufemismo tão brilhante e certeiro.

O.G.

9.3.07

VILA FLOR

Na sequência desta discussão decidi escrever sobre o CCVF.
A grande questão que se coloca quando se discute o CCVF é saber se ele está a cumprir a sua função de CC (centro cultural), ou se não o está a fazer. Na minha opinião essa função só está a ser parcialmente cumprida. A programação própria do CCVF é reduzida e não tem uma orientação clara. Quando falo numa linha de rumo a seguir, não me refiro à obrigação de apostar em certo tipo de espectáculos. Refiro-me a ter um projecto coerente que, infelizmente, estou certo que não existe. Um centro cultural deve apostar na qualidade, na formação de públicos (uma questão muito complexa) e em dar a conhecer ao público novos projectos e tendências, sempre mantendo um critério de elevada qualidade.
Vila Flor, para cumprir a sua função de centro cultural deve, na minha opinião, apostar num projecto coerente em que se conjugue uma programação própria devidamente pensada com o melhor que já se realiza a nível cultural na cidade (Cineclube, GmrJazz, etc.).
Para já Vila Flor é um auditório. Um excelente auditório.

Otelo de Guimarães

PS: Apesar da minha crítica (e porque não ajo de má fé) aconselho o espectáculo de amanhã: Susheela Raman.

DA CARA POR DAR

Se a presença de Pimenta foi abjecta, a ausência de Magalhães não lhe fica atrás. O capitão é sempre o último a abandonar o navio. E este saltou dele a meio. Grande chefe até as coisas descambarem. Depois, o eclipse dos pequenos. Um capitinho, portanto.
JG

DA DIVISÃO DA MASSA

Se o convite a Pimenta foi mau, pior foi o despudor deste em ter aparecido na tomada de posse da nova direcção do Vitória. Que se segue? O perdão? O pagamento das quotas em atraso? Quê, foi o maior? Quê, em vinte e quatro anos dois terceiros lugares? Zero taças? Uma Supertaça? Não me lixem. Até o Beira Mar tem mais.
JG

5.3.07

CARTAS ABERTAS PELA CLASSE NA CIDADE 1 - EXMO SENHOR PRESIDENTE DO VITÓRIA

Caro Presidente:
Como sabe, estamos todos consigo desde a primeira hora. Somos únicos. Somos aqueles que nunca esconderam a cara e que sempre acreditaram em si e no seu projecto. Fugimos aos lugares comuns. Somos únicos. Sempre consigo, sempre. Escrevemos-lhe a propósito do Clube que Vossa Excelência, desde o passado sábado, conspicuamente vai gerindo e recolocando nos trilhos da glória e do sucesso, ainda que sem posse tomada, com tão zelosa mestria. Notável Presidente: não estamos preocupados em saber quem gerirá o futebol, as camadas jovens e et caetera. Temos uma confiança cega nas escolhas de Vossa Excelência. Preocupa-nos, sim, o modo como são geridos os conteúdos do Clube de todos nós, mormente na sua vertente marca e no seu sítio de futebol: é aí, Grande Presidente, que deve incidir a sua revolução copernicana, de molde a acabar com uma terrível falta de classe e com um terrível contra-senso que grassa no seio de tão prestigiada e prestigiante Instituição: o nosso Clube tem como símbolo o Fundador de uma Pátria. Ora, sendo esta, nas palavras de outro grande português, a Língua Portuguesa, o nosso clube não se pode dar ao luxo de recorrer a estilismos anglófonos facilitistas, sem classe absolutamente nenhuma, que o descaracterizam e o achincalham perante os seus mais directos rivais. Repare-se: terá o nosso clube uma vsc football division ou um departamento de futebol? Terá um sítio ou um site? Sentir-se-á, pelo nosso clube um Pride 1922 ou um Orgulho 1922? Será a cruz onde esse Pride está gravado uma nova proposta de emblematísctica para o nosso Clube? Se sim, terá sido aprovada em Assembleia Geral? Posso ter Pride e não gostar da Cross? O Pride é In The Name Of Love? E já agora, irá o Insígne Presidente manter o apoio institucional do nosso Clube ao estilo vulgarmente apelidado de guna, estilo esse ligado a uma certa ideia de marginalidade urbana que acaba sempre com grafitti e porrada? Caro Presidente: o nosso clube precisa de Classe. É por isso que lhe rogamos: não deixe o Clube que tanto amamos nas mãos de amadores e toca a dar-lhe o toque de classe que tanta falta lhe faz. Só assim se cumprirá o seu slogan, adaptado, com tanta classe, à melodia do We Are The Champions.
Sempre únicos somos seus,
4800 GMR

A LUTA DE CLASSE

Caros Leitores:
Chegou a hora. Chegou a hora de lutarmos por algo que tanta falta faz na nossa cidade: classe. Vivemos numa urbe que tem, salvo honrosas excepções, uma ligação antipodal à classe e à excelência. Em tempo de grandes e profundas mudanças na nossa cidade, está na hora de lutarmos pela classe e excelência a que temos direito e que tanta falta nos faz. Está na hora de não nos acomodarmos nem a 2001, nem a 2012. É, pois, por isso que este nosso espaço dá início à publicação de cartas abertas dirigidas a quem pode - e deve - fazer algo pela classe e excelência na cidade. Queremos, portanto, dar um ar de Pedro Barbosa a isto tudo. Vamos à luta, que está na hora de renovar contratos. Considerando a actualidade citadina, a escolha do primeiro destinatário das nossas cartas é mais que óbvia.
Bem hajam,
4800 GMR

2.3.07

C'EST C

Rapazes:
Devo cumprimentar-vos pela excepcional jogada de marketing que foi utilizarem um megafone de campanha a balbuciar algo de todo imperceptivel, que nem o mais canino ouvido consegue decifrar. Na verdade é magistral que uma lista que não tem uma única ideia para o Vitória recorra a este método para tentar criar a ilusão de que de facto há um projecto para o nosso clube. Embalados por aquela azáfama quase nos esquecemos que se está a discutir o futuro do de uma grande instituição. Para além disso, acho coerente que tenham ficado com a letra c de carro e que tenham instalado a lista num stand de automóveis. Quanto ao futebol (a maior bandeira do clube), parece que, em caso de vitória da vossa lista. haverá empresários e directores desportivos aos magotes em Guimarães, facto que naturalmente se saúda uma vez que tal será certamente o pontapé de saída para abertura de um lupanar de qualidade de que a cidade necessita com urgência máxima (à atenção do Otelo de Guimarães). Caso vençam, conto com o convite para uma viagem de "prospecção" de jogadores ao brasil, país onde, como é sabido, tenho uma espécie de "cubata" que certamente será do vosso agrado.

Deste vosso amigo,
Charles of G.

A LISTA A

Sabemos que a Lista A é presidida por Emílio Macedo da Silva. Sabemos que Emílio Macedo da Silva foi presidente dos Sandinenses. Sabemos que Emílio Macedo da Silva acabou com os Sandinenses. Sabemos que Emílio Macedo da Silva é construtor civil. Sabemos que Emílio Macedo da Silva tem “um projecto” e “uma equipa”. Sabemos que Emílio Macedo da Silva tem na dita equipa Luciano Baltar (que tentou abrir a casa do Benfica em Guimarães) .
O que é que afinal sabemos?
Sabemos que a palavra “sabemos”, a contar com esta frase, foi por mim repetida nove vezes. E sabemos (dez) que o nome "Emílio Macedo da Silva", a contar com esta frase, foi repetido sete vezes.
Das ideias de Emílio Macedo da Silva (oito) não sabemos(onze) nada.
Otelo de Guimarães

1.3.07

CARTA ABERTA À LISTA B

Rapaziada.
Saudações vitorianas. Serve a presente para, do alto das cãs que povoam a minha farta guedelha, vos dar alguns conselhos acerca da campanha em curso. Bem sei que faltam só dois dias para as eleições, mas sucede que estive no mês passado internado num estabelecimento de saúde, para restabelecimento de uma crise aguda de síndrome de Wernicke-Korsakov. Perfeitamente restabelecido, eis-me agora a espalhar sabedoria de forma gratuita.
E dizem vocês: “Mas, ó Júlio, com que autoridade é que tu julgas que nos podes dar conselhos, hein?
Respondo eu: “Porque já vivi muito; já bebi muito bagaço (sempre com duas colheres de mel); já vi muitas eleições; ao passo que os meus caros amigos ainda ontem andavam a votar nas eleições para delegado de turma.
E retorquem vocês: “Ó Júlio, mete os teus conselhos no c..
E replico eu: “Calou, fedelhos malvados!
Bom. Mas adiante.

Estive a analisar a vossa lista e programa e notei sérias deficiências, que passo a enumerar:
1. Numas eleições para o Vitória (e isto é perfeitamente Lapalissiano) é preciso ter sempre na lista pelo menos um dos seguintes tipos de candidatos:
a) Gajos ricos. Que por sua vez se subdividem em:
· Gajos que, lícita, ou ilicitamente ganharam o dinheiro com o seu trabalho;
· Gajos a quem o dinheiro lhes caiu no colo, seja por serem filhos de gajos da categoria anterior, seja por terem ganho algum concurso organizado pela Santa Casa da Misericórdia.
b) Gajos que se julga serem ricos, mas que se vai a ver e afinal estão falidos.
2. Numas eleições para o Vitória é preciso não ter ideias e projectos, que isso são coisas muito complicadas para os sócios perceberem. É preciso é dizer coisas vagas, falar alto e com sotaque.
3. Numas eleições para o Vitória é preciso dizer muito mal das outras listas. Se se puder fazer alguma associação do candidato opositor com Braga, então é maravilhoso. Do género: "O Sr. x tem um primo, o qual se relaciona extra-conjugalmente com uma senhora que faz as limpezas em casa de uma família de Balazar, que como é sabido, fica logo ali na fronteira com o concelho de … BRAGA".
4. Numas eleições para o Vitória é preciso dar a entender que somos grandes amigos de algum empresário de futebol. É mais ou menos esta a ideia: “Eu não percebo patavina disto, mas aquele meu amigo, percebe.”

Ora, da vossa lista e programa, verifico que nada disto está a acontecer.

É certo que, nalgumas coisas, estais no bom caminho: tendes altifalantes estridentes que ensurdecem o povo; pretendeis criar novas modalidades amadoras de um interesse extraordinário, como o Ténis, o rugby e “modalidades de luta” (parece que já estou a ver: o árbitro diz "Match Point" e a malta toda invade o court gritando "É com orgulhó que visto brauncó"); tendes ideia magníficas como organizar casamentos e baptizados no estádio ou ainda o concurso de moda “Miss Vitória”.

Mas, no global, estais no mau caminho, rapaziada. É o que vos diz este vosso Tio-Avô

Júlio braga Guimarães

HEI TU AÍ, Ò CANDIDATO!

Tens um saco de dinheiro debaixo da cama e não sabes o que fazer com ele? Acreditas que mesmo sem um projecto consegues convencer as pessoas que és um homem de projectos? Falas mal? Achas que os desertos derivam? Gostas de carros mas tens medo de debates? Curtes claques e merchandising ultra? Sabes quem é o Adelino Augusto Barros? O Ornedes Alves Santos? O Kipulu Kioma? Então estás pronto para ser presidente do Vitória! Os posts seguintes SÃO PARA TI. Lembra-te sempre que o dinheiro compra ideias e não o contrário.
Júlio escreverá à B, Otelo à C e Carlos à A. Vamos a isso,
Jacques VSC GMR