26.2.07

PORQUE É QUE AS LISTAS A, B E C NÃO DEVEM GANHAR AS ELEIÇÕES PARA O VITÓRIA EM TRÊS FRASES (COM CONCLUSÃO NUMA QUARTA FRASE)

A Lista A não deve ganhar as eleições uma vez que usa um irritante sistema monofónico nos seus carros de campanha (ainda não tendo descoberto a vantagem do estéreo), uma vez que tem demasiados brindes para os eleitores indecisos, tomando-os por demasiado lorpas, uma vez que tem, a páginas do seu programa, a criação de um gabinete de apoio ao sócio, o que é uma ideia que já foi vista algures por aqui, o que prova que originalidade não é com eles, uma vez que as suas ideias são banalíssimas e não fazem um projecto, uma vez que tem um tópico que postula – oh, pérola do influencianismo, é preciso dizer mais?­- a "colocação de vitorianos em cargos de decisão nas instâncias desportivas" e, claro, uma vez que é prova provada de que o importante não é ter projectos, mas sim ter alguém endinheirado para salvar o clube: chão este que já deu o que deu durante os anos que deu e o que é certo é que do museu do Vitória só consta uma mísera supertaça.

A Lista B não deve ganhar as eleições uma vez que já conseguiu perder os votos de todos os transeuntes da rua de Santo António com o mínimo de sensibilidade auditiva (já que estes ao fazerem a rua são bombardeados, pelo menos seis vezes, com o irritante e enjoativo vamos gritar Vitória Vitória), uma vez que quer criar o perfil do atleta vitoriano ideal (qual apurar da perfeição da espécie) uma vez que, ao não ter um revisor ortográfico e de acentuação no seu sítio oficial, faz temer os eleitores quanto à qualidade e perceptibilidade dos ofícios, relatórios, circulares, propostas de renovação de contratos e demais documentação escrita, e, claro, uma vez que é prova provada de que o importante não é pensar fria e racionalmente no clube, mas sim pensar no clube só com o coração (e sempre que a razão o impuser, com os punhos): chão este que já deu o que deu durante os anos que deu e o que é certo é que do museu do Vitória só consta uma mísera supertaça.

A Lista C não deve ganhar as eleições uma vez que tem uma sede que parece um stand - porque será? -, uma vez que pretende realizar um torneio de futebol com valor acrescentado, não dizendo se se trata de imposto ou de mulheres a jogar na lama, uma vez que pretende a reedição de um Vitória persistente nos êxitos quando se lhe desconhecem muitos e persistentes o que prova que pouco sabem sobre a realidade do clube, uma vez que pretende a conjugação paradoxal de uma aposta nos escalões de formação com a contratação de jogadores mediáticos (com os resultados de balneário que se conhecem), uma vez que suas ideias são banalíssimas e não fazem um projecto e, claro, uma vez que a sua existência é prova provada de que o importante não é ter projectos, mas sim ter alguém endinheirado para salvar o clube: chão este que já deu o que deu durante os anos que deu e o que é certo é que do museu do Vitória só consta uma mísera supertaça.
Posto isto - e considerando o facto de não ter havido uma vaga de fundo suficientemente forte para que os mentores deste blog se candidatassem e, destarte, salvassem cabalmente o clube do descalabro desportivo e financeiro, levando-o à glória desportiva nacional e europeia e à sustentabilidade financeira em dois mandatos, com o aumento de troféus de relevo nas vitrines do museu do Vitória - posto isto, dizia, o Bom e Verdadeiro Vitoriano só tem uma escolha, natural, óbvia e clubista: o voto em branco.
JG

PENDULAR

Spicka vai, ÓCIO vem. Este miúdo é a maior promessa da blogosfera vimaranense.
JG

24.2.07

TESTE A SUA VIMARANENSIDADE

Já "obrou" nos sanitários públicos da Rua de Camões?
JG

23.2.07

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DA PICHAGEM VIMARANENSE


Pichagem de um cano no Largo dos Laranjais.
A polícia secreta portuguesa actua como um gang em Guimarães.

15.2.07

A GRANDE VERGONHA

O que nos torna extremamente ridículos não é o facto de o VSC estar na segunda divisão, porque isso pode vir a mudar. Nem a programação do CCVF vs. a do Teatro Circo. Nem é o facto de se dizer que Guimarães tem “paço sem rei, sé sem bispo e ponte sem rio”, porque temos ponte (em Ponte) com rio, já cá morou o arcebispo e hoje em dia, em Portugal não há nenhum paço com rei.
O que nos torna extremamente (mesmo muito, muito) ridículos é a dúvida que nos assola quando passamos, em dias de chuva, por baixo dos antigos Paços do Concelho.
Devemos, ou não, fechar o guarda-chuva?
E porque é que, quando fechamos o nosso guarda-chuva, olhamos com desprezo para aqueles que não o fazem?
E porque é que noutro dia um cidadão se riu de outro só por este passar por baixo da arcada de guarda-chuva aberto?
Mas que raio de edifício é este que nos corrompe e nos degrada?
E porque é que a Câmara Municipal não estabelece um código de conduta para os passantes?
Não me calarei!

Otelo de Guimarães

14.2.07

EXCELENTÍSSIMA E CARA MINISTRA DA CULTURA DE PORTUGAL

Sabemos que Vossa Excelência está hoje na nossa cidade. Sabemos, também, que vai tomar conhecimento das fortes tendências associativas que atravessam a sua sociedade civil (cevil, como diria uma deputada à nação). É isso, e mais três ou quatro visitas a outros tantos sítios da cultura, que constitui o seu programa.
Ora, estando Vossa Excelência nesta polis e não tendo a ágora de reflexão do estado das artes da cidade e da sua psicossociologia que é este blog sido convidado para trocar uma ou duas palavras sobre a cultura em Guimarães, e sabendo da impossibilidade a convidarmos para degustar um Krug, Clos du Mesnil 1995 ou um Pol Roger, Extra Cuveé Reserve, Vintage 1996, que temos na garrafeira do nosso dilecto café Lopes, e sabendo também que o Cybercentro não a convidou para a rubrica vip's online (tendo nós como dado adquirido que a Excelentíssima Ministra abomina confusões crassas do plural inglês com o seu caso possessivo ou mesmo até com a conjugação simplificada da terceira pessoa do singular do present tense do verbo to be, o que a faz arrepiar - como a nós - quando olha para uma loja qualquer e lê Cãe's store) e que, destarte, não a podemos interpelar directamente, aproveitamos este espaço para convidá-la a dar uma ligeira e supericial leitura atenta e profunda a este blog, de modo a que, da próxima vez que venha à nossa cidade esteja perfeitamente dentro do espírito desta, podendo, inclusivamente, arriscar duas ou três piadas de foro exclusivamente local. Aproveitamos, também, a oportunidade para alertá-la do acerto que será a escolha de Paulinho Cascavel para comissário da CEC 2012, conforme já nos encarregamos de frisar aqui.
De Vossa Excelência sempre atenta e respeitosamente no plural
Somos
Jacques Tati Guimarães
PS - Já agora, se desse uma palavrinha ao Senhor Engenheiro a propósito da regionalização (nem que seja só da do Minho), aproveitando a onda da democracia directa, ficar-lhe-íamos penhoradamente gratos.

13.2.07

QUATRO AFORISMOS CHINESES

1 - Se queles sel plesidente de um clube de futebol, não te pleocupes em teles ideias e plojectos. Pleocupa-te antes em tel dinheilo que comple ideias e plojectos.

2 - Claques aplesentados, eleitoles conquistados.

3 - Pala plobemas de fundo, lesponde com soluções imediatas e supelficiais. Lembla-te que a populalidade é que faz a Histólia.

4 - Pelo teu clube, matalias a tua mãe.

7.2.07

O GRANDE PORTUGUÊS

Cultivado por gente de todo o país que vai morar para Lisboa e que, meses mais tarde, mesmo mantendo o sotaque e os hábitos alimentares, já diz que nasceu na maternidade Alfredo da Costa, o centralismo português tem como característica uma visão ulissipocêntrica (neologismo que me safa das dificuldades do lisboòcêntrica) do País e da sua História. Ou seja, tudo acontece em função de e à volta de Lisboa.

O programa Grandes Portugueses de ontem faz jus a essa visão. Foi dedicado à figura de Afonso Henriques. Sim, o “presumivelmente” vimaranense, nado e criado na Colina. Sim, o Fundador. Sim, o Conquistador. Sim, O Estadista. Sim, O Grande Português independentemente de concursos. Sim, a mão que embalou o berço.

A meio do programa – apresentado pela Patti Smith portuguesa, Leonor Pinhão – ouve-se o seguinte, mais palavra, menos palavra: “apesar da Batalha de S. Mamede, de se ter armado cavaleiro, de se ter autoproclamado Rei em 1139, do reconhecimento do Rei de Castela com o tratado de Zamora em 1143, Afonso Henriques só foi rei quando conquistou Lisboa em 1147”.

Como?, pergunto eu. Quer-se dizer, e S. Mamede? Nada. Ida para Coimbra? Nicles. Auto-armanço cavaleiro? Népia. Reconhecimento por parte do homónimo de Castela, o sétimo? Nem pó. O Afonso só é rei quando o Martim Moniz perde a cabeça no bairro homónimo? Quando conquista mais uma cidade. Vá lá que, instantes depois, já Pinhão se redimia dizendo duas grandes verdades: Afonso foi dos poucos políticos pragmáticos de Portugal e que GMR é um berço extraordinário.

Mas essa do só ser rei quando conquistou Lisboa ficou-me entalada como uma cartilagem de uma galinha que uma vez comi num célebre restaurante perto do Castelo. Estranha mania esta de ver Portugal pelas portas de Santo Antão, como se em 1147 o Terreiro do Paço já valesse alguma coisa. Valha-nos Santo António de Pádua.
JG

PS - Só por causa das coisas, estoirei um euro e vinte mais IVA em dois telefonemas a votar no nosso conterrâneo. Faça você o mesmo e diga ao seu amigo para fazer também.

6.2.07

7

Segundo a Bíblia, a sabedoria construiu a sua casa sobre sete pilares. Sete Pilares da Sabedoria é o nome do grande livro de T. E. Lawrence, o da Arábia. O Sete é um número místico: há sempre as sete portas secretas, as sete fórmulas mágicas, et sete, et sete. O não menos mítico Diuner de Guimarães - que jogou futebol com o número sete nas costas - propõe que escolhamos os Sete Pilares da Vimaranensidade. Votar é um imperativo categórico.
JG

5.2.07

MATUTANDO SOBRE A QUESTÃO DO MATER MATUTA

A pergunta de Ergolas não podia ser mais pertinente e oportuna: afinal, para que raio é que serve o Conselho Municipal da Juventude? O que é que tem feito? Como podemos extingui-lo, já não sendo jovens? Porque é que todos temos a noção que o dito só existe quando nos esbarramos com os Zés Pereiras que andam a distribuir panfletos nas Praças, de dois em dois anos ou quando lemos que Sicrano foi nomeado qualquer coisa de alguém? Será que no fim dos mandatos dão certificados de carreirismo, como fazem (ou deviam fazer) nas Jotas?
JG

PENSAVA QUE ERA SENHORA DA OLIVEIRA, MAS...

... ao ler isto, fiquei a saber que o Hospital Distrital, de, GMR, tem, afinal, outro nome, se bem, que, sem, vírgulas.

2.2.07

TÓ MESSÓIA EM GUMARÃES

Ei-lo, na Rua Dom João I, depois de ter bebido seis bagaços com duas colheres de mel cada, na companhia de alguns míticos da zona. "Vou virar o barco, rumando para o sul", cantava ele, bastante bem disposto.